sábado, 5 de julho de 2008

A Fórmula 3 Sulamericana continua fazendo história

XXII CAMPEONATO CODASUR DE FORMULA 3 SULAMERICANA PORTA AO AUTOMOBILISMO MUNDIAL

Dia 12 de julho em São Paulo será disputada a corrida 300

São Paulo, 06 de julho de 2008, (Especial).- Quando no próximo sábado (12 de julho) na parte da tarde no Autódromo "José Carlos Pace" de Interlagos, a bandeira quadriculada marcar o final da 7ª etapa do XXII Campeonato Codasur de Fórmula 3 Sulamericana, não será somente o fim de mais uma corrida, mas sim o encerramento da prova de número "300" da melhor categoria de monopostos do continente, e seu vencedor colocará seu nome na história.

Assim como acontece com o brasileiro Leonel Friedrich, que com um Berta MKIII-Volkswagen da equipe argentina INI Competición, que ganhou a primeira prova no dia 26 de abril de 1987 em Cascavel, o também brasileiro Tom Stefani que a bordo de um Dallara F394-Honda da Amir Nasr Racing vencedor da de número "100" no dia 30 de julho de 1995 em Londrina; na ocasião o argentino Nicolás Filiberti com um Dallara F390-Fiat da RC Motorsport obteve a vitória na Classe "B". Finalmente o brasileiro e hoje piloto da escuderia Renault F1, Nelson Piquet, que com um Dallara F301-Honda da Piquet Sports, venceu a prova de número "200" em 7 de setembro de 2002 em Oberá, e seu compatriota Duda Azevedo com um Dallara F394-Honda da Cesário F3L ganhou na Classe Light.

Cada uma das 299 corridas realizadas, são páginas individuais de uma história que se escreveu com muito sacrifício e carinho pela categoria. Foram 226 viagens percorrendo mais de 700.000 kilômetros por caminhos da Argentina, Brasil, Chile e Uruguai, onde se misturaram alegrias e tristezas em mais de 1100 dias, equivalentes a mais de 3 anos compartilhando autódromos, hoteis, aviões e estradas, alimentando a amizade pelo intermédio da qual conseguimos manter esta cruzada sulamericana, que nasceu muito antes do "Mercosul".

Sim muito antes, porque se tomarmos o início da F.3.S, no sábado (12/07) terão se passado 20 anos, 2 meses e 16 dias da primeira corrida da categoria; mas se voltarmos a primeira corrida entre a Fórmula 2 Argentina e sua similar no Brasil, das quais se originou a Fórmula 2 CoDaSur, mãe da atual F3, devemos contar quase 26 anos.

Uma corrida inesquecível para aqueles que ali estiveram, no dia 17 de outubro de 1982 no autódromo de Tarumã, Viamão, nas proximidades de Porto Alegre (Rio Grande do Sul), onde se disputou a primeira corrida entre as categorias antes mencionadas, com a vitória cabendo ao argentino Miguel Ángel Guerra.

Daquela corrida com certeza muito poucos se lembram, mas ela foi a pedra fundamental da presente realidade. Pedra essa colocada por grandes visionários, como o argentino Miguel Angel De Guidi que lamentavelmente não mais está entre nós, mas que seguramente se encontra em algum lugar no céu feliz com o sucesso atingido por aquilo que ajudou a criar; e pelo brasileiro Pedro Muffato, acompanhados por um grupo de esforçados e audazes pilotos, mecânicos, jornalistas e dirigentes de ambos países.

Daqueles que ali estiveram, somente continua trabalhando para categoria o brasileiro Darcio Dos Santos, naquela época ele era piloto, hoje é dono de uma das escuderias; e o experiente dirigente argentino Rafael Fossaseca, "presidente e vice" respectivamente da F.3.S S.A.B, que foi a primeira sociedade que funcionou dentro do Mercosul a partir de 1995.

Os primeiros quatro anos da Fórmula 2 Codasur foram realmente difíceis, porque viajar pela América do Sul e também correm também na Colômbia demandou um esforço enorme, mas aqueles pioneiros sabiam visualizar muito mais além e ambicionavam ter nesta parte do mundo uma categoria de hierarquia técnica e desportiva de nível internacional, demostrando que a "América do Sul também existe", e decidiram em 1987 que a especialidade trocaria de nome, adotando o regulamento FIA da Fórmula 3. Isso alguns anos depois valeu o reconhecimento do orgão máximo do automobilismo mundial, com a certificação do campeão passou a ter o direito a superlicença da Fórmula 1 e aos outros cinco primeiros a licença para competir no campeonato de Fórmula 3000 Internacional, hoje substituido pela GP2.

Hoje parece que a mudança naquela época foi algo lógico, mas é necessário destacar que para nossos países e nosso automobilismo aquela mudança foi um salto enorme, já que permitiu aos nossos jovens provenientes de categorias menores, a conduzir carros com a mesma tecnologia empregada na Europa, sem a necessidade de ter de deixar o continente, mas adquirindo experiência e obrigando as equipes a se tornarem cada vez mais perfeccionistas no trabalho de acerto de chassis e motores de primeiro nível.

Assim muitos dos jovens logo deixaram a "Escola secundária" e passaram à "Universidade na Europa e/ou nos Estados Unidos" com todos os conhecimentos necessários que lhes permitiu destaque. Citar nomes não é tarefa fácil, mas vale recordar que entre eles estão: Fittipaldi, Giaffone, Castro Neves, Negri, Gueiros, Stefani, Zonta, Diniz, Junqueira, Melo Jr., Meira, Moro, Nienkotter, Orsi, Alexander, Ricardo e Rodrigo Sperafico, Furlan, Basso, J. L Di Palma, Hang, Mazzacane, Rosso, Wilson, Tuero, Filiberti, M. Russo, Piquet, Dirani, Medeiros, Negrão, Di Grassi, Pérez Companc, Razia, Valerio, D. Nunes, Moraes.

Estes são somente uma parte daqueles que tiveram a sorte de mostrar seu talento fora da América do Sul; mas de certo são os que mais se destacaram. Alguns tiveram de retornar ao continente pela falta de patrocínio, igual motivo que impediu outros de saírem; mas tanto os que retornaram quanto os que jamais sairam, são hoje destacados protagonistas do automobilismo nacional em seus respectivos países.

No transcurso destes 22 campeonatos, incluindo o deste ano e com 299 corridas, foram protagonistas 345 pilotos: 206 do Brasil, 97 da Argentina, 15 do Uruguai, 6 da Itália, 4 do Paraguai, 4 do Chile, 3 do Perú, 2 da Venezuela, 2 do México, 1 da Austrália, Bélgica, Espanha, Irlanda e Suiça, que juntos percorreram mais de 140.000 voltas, superando os 500.000 kilômetros percorridos em corridas. Foram disputadas provas em 4 países e 34 distintos cenários; 6 destes de rua, um oval e 27 traçados com distintas características, sob as mais variadas condições climáticas desde o frio do sul argentino e chileno, até o calor do nordeste brasileiro e por muitas vezes com chuva.
Das 299 provas já realizadas 178 aconteceram no Brasil, 100 na Argentina, 18 no Uruguai e 3 no Chile, sendo o Autódromo de Interlagos (José Carlos Pace) o mais utilizado com 31 corridas em dois diferentes traçados. Por duas vezes a F3 Sulamericana dividiu sua programação com a Fórmula 1 (Buenos Aires e São Paulo, e em outras duas oportunidades com a CART no oval do Rio de Janeiro, e recebendo o reconhecimento e elogios destas duas categorias.
Em 21 campeonatos 18 pilotos foram campeões na Classe "A", o Brasil tendo 15 coroas e Argentina 6. Gabriel Furlan com 4 é o maior recordista de título. Sua primeira conquista foi antes de se aventurar na Europa, e os três restantes após seu regresso.
Somente Leonel Friedrich, Affonso Giaffone e Fernando Croceri foram campeões com carros de equipes de outro país, os dois brasileiros com a INI Competición da Argentina e o argentino com a Cesário Fórmula do Brasil. Entre as equipes o Brasil leva 13 títulos e a Argentina 8. Na Classe "B ou Light" foram 14 os campeões: 9 do Brasil, entre eles uma mulher (Suzane Carvalho), 3 da Argentina, 1 do Chile e 1 do Uruguai. O chileno Ramón Ibarra se consagrou com a Werner Competición da Argentina, enquanto o uruguaio Martín Cánepa com a Cesario F3L do Brasil, os demais conquistaram suas coroas com equipes de seus respectivos países

OS DONOS DOS RECORDS

Entre os pilotos Furlan é o senhor de todas as marcas; disputou 132 corridas, ganhou 37, marcou 45 poles, 34 recorde de voltas, obteve 4 títulos, somou 906,5 pontos e completou 4213 voltas. Furlan tem a melhor média, e competiu quando somente os seis primeiros pontuavam. Danilo Dirani tem a melhor média de pontuação, de quando o regulamento premiava os 10 primeiros com pontos, e é de Clemente Faría Jr. a atual melhor média, com os 8 melhores recebendo pontos a cada corrida.

Entre as equipes, a Cesário Fórmula também lidera todas estatísticas, com 71 vitórias, 75 poles, 83 recordes de volta, somando 2946,5 pontos e 7 campeonatos. Maldonado Competición foi a primeira equipe campeã e tem a melhor média na primeira fase da pontuação. Cabe a Cesario Fórmula a melhor média das outras duas formas de pontuação.

No campo das nações o Brasil como não podería ser de outra maneira por seu tamanho e poder econômico, domina a soma de títulos de pilotos e equipes, fazendo chegar a categoria 206 pilotos e tendo organizado até agora 178 corridas.

O chassis Dallara é a marca que mais êxitos obteve, desde os modelos F387 até F301, enquanto os motores Honda são os impulsores que lideram as estatísticas de vitórias, poles, recorde de volta e pontos conquistados.



PRESENTE E FUTURO

A categoria busca neste momento por intermédio da 63MKT, a nova empresa de promoção, recuperar pilotos e equipes de outros países da América do Sul, havendo decidido que no próximo ano será incorporada a categoria o chassis Dallara F309, os mesmos que serão utilizados na Europa, sempre com o poderoso motor Berta-Ford, desenvolvido pela Berta S.A da Argentina, que F.3, sendo por esse motivo a categoria Sulamericana a de melhor relação "peso potência" e a mais veloz de todas que se disputam em distintos países do mundo.

Para reverter esta situação os integrantes da Fórmula 3 Sulamericana junto com a empresa promotora, dirigida por Dilson Motta, realizam um enorme esfoço, como em outras oportunidades demonstram que nem a pior das adversidades pode vencê-los. Seguramente hoje voltará a acontecer o mesmo, porque somente nos falta seguir o exemplo daqueles visionários que iniciaram esta história.

Nota: Darcio Dos Santos o brasileiro que está na categoria desde a primeira corrida de 1982. Se juntam ainda fotos dos recordistas: Gabriel Furlan festejando sua última vitória em Cascavel no 2000 e de Augusto Cesário dono da equipe mais laureada até o momento. (fotos crédito João Vasconcelos)

Agradecemos sua difusão


Mariela e Ricardo Pallero (Imprensa F.3.S)
João Vasconcelos (tradução)

sexta-feira, 4 de julho de 2008

OITAVA ETAPA DA TEMPORADA 2008.



A F3 Sudamericana se junta a programação dos 200 Km de Buenos Aires


São Paulo, 3 de Julho de 2008.- A Fórmula 3 Sulameriana irá novamente fazer parte do espetáculo dos dos 200 KM de Buenos Aires, juntamente com a TC2000. As duas mais avançadas categorias no campo tecnológico da América do Sul se unirão no Autódromo Oscar Alfredo Gálvez para a disputa da 5ª edição dos 200 Kilômetros de Buenos Aires, no próximo dia 10 de Agosto.



O famoso coliseu portenho será sede da 9ª e 10ª etapas co Campeonato de 2008 da categoria de monopostos mais veloz do continente. A F3 irá dividir o evento mais importante do ano com a TC2000.



Esta no entanto não será a primeira vez que as duas especialidades irão dividir o cenário. Em 2005 isso ocorreu em duas oportunidades; no Autódromo Oscar Cabalén de Córdoba em 26 de Junho e em Rafaela no dia 4 de Setembro. Em 2006 elas se uniram no circuito de rua Ciudad de Santa Fe no dia 7 de Maio e nos 200 Km de Buenos Aires no dia 29 de Outubro. Na temporada passada a F3 competiu juntamente com a TC2000, em Córdoba no dia 01 de Julho.


Roberto Mayorana
Área de imprensa da TC2000
Ricardo Pallero
Assessor de Imprensa da F3 Sulamericana

João Vasconcelos
Tradução