quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Agora é a hora da verdade!



Editoria de Esportes/ Nextel Stock Car

Starostik vai em busca da classificação para equipe RCM Motorsport

Nexta sexta-feira (12/10), aqui no Brasíl é o feriado de Nossa Senhora de Aparecida e também comemorada a festividade do dia das crianças. Os pilotos da Copa Nextel Stock Car não irão desfrutar de folga, muito pelo contrário, será dia de trabalho e trabalho duro. Na Argentina os pilotos começa rão a luta pelo título da temporada 2007 da mais importante categoria de carros de turismo da país e uma das cinco mais destacadas do mundo.

O Autódromo Internacional Oscar Alfredo Galvez, localizado em Buenos Aires, irá abrir as quatro provas que decidirão o campeão de 2007, e somente os dez pilotos que se classificaram para o play-off estão nesta batalha. Nem por este motivo a vida é mais fácil para os demais 41 que competem na categoria, alguns lutam pelos seus primeiros pontos no campeonato e outros para garantir uma das 16 vagas para suas equipes no próximo ano.

O veloz paranaense William Starostik (Jota Quest - Até aonde vai/ TVL/ Sundow/ Hooters ), da RCM Motorsport, é um dos que buscam classificar sua equipe para o próximo ano. Amanhã a categoria terá um treino extra para reconhecimento do traçado de número 9, que será uma novidade para todos.

"Vai ser minha estréia internacional com a Stock Car. Ano passado não estava na Copa Nextel, assim não conheço a pista de Buenos Aires", disse Starostik, que também compete na Fórmula 3 Sul-Americana, mas jamais competiu na capital da Argentina. "Estamos trabalhando duro em busca dos pontos que garantirão a equipe no grid no próximo ano, nosso adversário mais direto é a Full Time mas a briga é muito apertada e só deve se decidir na última prova, em São Paulo", vaticionou o piloto.

A briga pelo título está equilibrada com representantes das quatro marcas: Volkswagem tendo três representantes (Hoover Horsi, Daniel Serra e Rodrigo Sperafico), Mitsubishi com outros três (Cacá Bueno, Ingo Hoffmann e Felipe Maluhy), igual quantidade para Chevrolet (Ricardo Maurício, Thiago Camilo e Marcos Gomes e a Peugeot sendo defendida por Valdeno Brito.
Programação da oitava etapa da Copa Nextel Stock Car:
Sexta-feira 12 de Outubro
09:00 às 09:40 - Treino extra Copa Nextel Stock Car
10:50 às 12:20 - 1º Treino Copa Nextel Stock Car (máximo 28 voltas)
14:30 às 16:00 - 2º Treino Copa Nextel Stock Car (máximo 28 voltas)

Sábado 13 de Outubro
11:00 às 12:30 - Treino Classificatório Copa Nextel Stock Car
12:50 às 13:00 - Super Pole Copa Nextel Stock Car

Domingo 14 de Outubro
10:03 - Largada para 8ª etapa Copa Nextel Stock Car

JV5Racing – 11/10/2007
João Vasconcelos – (011) 9479-9462 - celular novo
MTB:38553
Texto e Foto Créditos: João Vasconcelos

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

XXI CAMPEONATO CODASUR DE FORMULA 3 SULAMERICANA PORTA AO AUTOMOBILISMO MUNDIAL





Augusto Cesario e suas equipes fazem história na categoria continental

Santa Fe, Argentina, 01/10/07 (Especial).- A Cesário Fórmula é sem dúvida a dona de todas as estatísticas entre as equipes de Fórmula 3 Sul-Americana. Este ano a esquadra conquistou o sétimo título entre as equipes(1993, 1995, e desde 2003 até 2007 cinco anos consecutivos), sendo a mais vitóriosa nos 21 anos de vida da categoria, seguida pela Amir Nasr Racing com 4, vindo a seguir as argentinas INI Competición e GF Motorsport com 3 cada um. Além disto a esquadra de Augusto Cesário, que este ano consagrou um novo campeão entre pilotos (Clemente Faría Jr.), possibilitou que 7 pilotos, 6 brasileiros (Marcos Gueiros, Ricardo Zonta, Hoover Orsi, Danilo Dirani, Alberto Valerio, Clemente Faría Jr.) e 1 argentino (Fernando Croceri), se consagrarem campeões sulamericanos, onde também emcabeça as estatísticas. Por outro lado a Cesário Fórmula, que estreou com Augusto Cesário como piloto em 1989, conquistou 66 vitória, obteve 71 "poles", 79 recordes de vuelta e 2847,5 pontos. A Cesario F3.Jr, que competiu esporádicamente, quando Cesário coloca mais de dois carros na pista, venceu 1 corrida, oteve 2 poles, 3 recordes de volta e somou 221,5 puntos. Como se isto fosse pouco, com a Cesario F3Light ganhou vários campeonatos da Classe Light entre as equipes e também permitiu que vários pilotos fossem campeões da divisão menor da especialidade continental, somoando com esta esquadra 198 puntos no cômputo geral. Vale destacar que em 1994 quando os brasileros realizaram seu próprio campeonato (De Oliveira, Cánepa, Scandian, Azevedo y Ribeiro). Vale destacar que em 1994 quando os brasileros realizaram seu próprio campeonato, Augusto Cesário foi campeão do torneio brasileiro com Cristiano da Matta como piloto .

Para conhecer um pouco mais sobre este personagem da melhor categoria de monoposto da América do sul, que após atuar como piloto da categoria entre 1989 e 1990, decidiu passar a ser chefe de equipe em 1991, decidimos para que todos o conheçam mais a fundo colher em sua história opiniões, sentimentos, recordações, preferências e tudo que tiver a ver com sua vida desportiva e também pessoal.

Ficha Pessoall
Nome e Sobremone Completos: Augusto Cesário da Costa Neto
Data de Nacimento: 03/03/1956
Lugar de Nacimento: Cuiabá / MT
Estado Civil (casado o soltero): Casado
Nome e Sobremnome da esposa: Kátia Bulhões Cesário
Filhos (Nomes): Pedro Bulhões Cesário e Emanoela Bulhões Cesário
Residencia: São Paulo

Peguntas e Respostas
O que se lembra de sua infancia?
Minha infância foi muito gostosa, sempre gostei muito de carro e o que me chamava atenção era um caminhãozinho de brinquedo da época que a direção era um cabo de vassoura ligada à roda por uma corda. Eu queria muito um caminhãozinho desses, e com ajuda do meu pai nós conseguimos fazer um. Também a ascenção do Emerson Fitipaldi. Isso me deixou vidrado pelo automobilismo.

Quando começou a correr?
No fim de 1977, nessa época eu já tinha feito amizade com o Ayrton Senna e e o ajudava no kart, e aí do meio para o fim de 77 consegui comprar um chassi e o Airton me deu um motor. Assim eu comecei a correr.

Em qual categoria começou a correr?
No Kart

Em quais categorias correu ?
Kart, Super Kart, Fórmula Ford e Fórmula 3 Sudam.

Quando decidiu a correr na F .3.S?
Em 1988 quando fui na Inglaterra e comprei o primeiro Ralt que veio para o Brasil. Daí comecei a utilizá-lo no no campeonato em 1989.

Você se lembra de sua estréia na F.3.S e onde foi?
Foi em Cascavel, na primeira corrida do campeonato de 1989, onde estreei com o 3º lugar no grid de largada. Como tinha grandes campeões como o Leonel Frederich, Gabriel Furlan, kisling, Christian Fitipaldi, Cingolani, César Pegoraro, entre outros, com todas essas feras do automobilismo, foi um ¨Deus nos acuda¨ ; mesmo porque eu só tinha o carro, algumas ferramentas e nenhum set de rodas reserva.

Lembra de algo engraçado desta estréia?
Foi muito interessante porque eu tive bastante dificuldade para fazer valer o tempo que fiz na tomada de tempo, visto que na última classificação eu tive a minha asa trazeira solta na curva 1 de Cascavel. Ali eu rodei e fiquei. Quando o carro foi para a vistoria com o excelente vistoriador técnico e colaborador da F3, Sr. Angel Polineli, a asa trazeira não dava a distância e a altura corretas e a partir daí, tive uma pressão muito grande por parte das outras equipes para me desclassificar do treino. Mas nesse caso como o regulamento permite que você recoloque as peças soltas durante a tomada, o Sr. Angel me pediu que eu recuperasse todas as peças para que eu pudesse recoloca-las no lugar e assim o fiz. Voltei à curva 1 procurei peça por peça e recuperei os parafusos, as porcas, as arruelas, os suportes da asa e é claro, eu estava morrendo de medo de ser desclassificado. Recupere as peças y corri normalmente aquela etapa.

Quem lhe apoiou para sua estréia na F.3.S?
Foram grandes amigos pessoas as quais eu jamais vou esquecer em toda a minha vida. Dentre elas o Reinaldo Digiorgio, que me fornecia violões para que pudesse vendê-los e utilizar os recursos na corrida. Marcos Kerlakhian que me apoiou com algum patrocínio da Wrangler e o Júlio Pacetti que tirou dinheiro do bolso para me ajudar a correr.

Qem eram os mecânicos que o acompanharam na estréia?
Dragão e Moita.

Quando e porque decidiu deixar de ser piloto e passou a dirigir a equipe?
Foi no final de 1990 para 1991. Percebi que não tinha mais espaço para seguir com patrocínio então achei por bem passar a chefiar a equipe para evitar mais transtornos financeiros.

Quem foram os melhores engenheiros e colaboradores que teve?
Os colaboradores foram o Dragão que colaborou muito para o início da minha carreira e o Mineiro (Rosardo Campos) logo em seguida.

Oque aprendeu com cada um deles?
Com o Dragão aprendi que devemos ser muito esforçados, bastante curiosos. Ele tem uma inteligência muito aguçada para o desenvolvimento do automobilismo.
Com o mineiro aprendi o companheirismo. Ele é uma pessoa muito paciente, inteligente e isso ajudou para o que o nosso desenvolvimento fosse muito grande. O Mineiro tem um excelente caráter, é muito lutador. A presença dele tem muita importância para o processo todo da equipe.

Quais os melhores pilotos que passaram por sua equipe?
Eu considero o Marcos Gueiros, Fernando Croceri, Cristiano da Matta, Ricardo Zonta, Hoover Orsi, João Paulo Oliveira, Danilo Dirani, Bia Figueiredo, Alexandre Foizer, Clemente Jr. e Mário Romancini.

Oque pode destacar de cada um dos melhores pilotos que passaram por sua equipe?
Os pilotos nos ensinam muito e eu acredito que para resumir considero que a determinação e a capacidade de aprendizado são qualidades que todos os campeões têm em comum.

Qauis foram os principais rivais a nível de pilotos e equipes?
Eu tive a felicidade de ter tido grandes rivais. Como piloto o Leonel. Esse teve um episódio de chegada em Interlagos onde chegamos batendo rodas para tentar a Vitória da corrida, a ponto de quase sairmos voando, um para cada lado. O Gabriel Furlan que foi o maior campeão de F3 desde que a categoria exite. E como equipe tivemos a concorrência da própria equipe do Furlan, que depois dos nossos 7 títulos de equipe e 8 títulos de pilotos está a equipe dele e de seu sócio. Depois vem a equipe do Amir que também ganhou alguns títulos de equipe assim como 2 títulos de pilotos.

Porque continua na F.3.S e não migrou para outras categorias talvez mais rentáveis do ponto de vista econômico, como a Stock Car?
Porque me encanta a técnica dos fórmulas.

Por qual motivo na sua opinião, os argentinos se afastaram da F.3.S?
Por causa da situação econômica.

Oque se poderia fazer desde a direção da F.3.S e fundamentalmente desde o Brasil, que é o país mais forte da América do Sul para que voltem equipes e pilotos argentinos, e também de outros paises Sulamaericanos para categoria como em outras épocas?
Eu acho que isso passa primeiro pela melhora da condição econômica da argentina e de outros países. Que a Codasur e a CDA juntamente com o apoio das empresas dêem suporte para os garotos que tenham condição e queiram fazer carreira nos fórmulas. Aqui no Brasil nós já percebemos que se não apoiarmos os jovens talentos não teremos grandes talentos em condição de representar o Brasil na F1. É preciso ver que das categorias TC 2000, Turismo Carreteira, Stock Car não saem pilotos em direção à F1. E só com o sacrfício de investimento em jovens talentos é que conseguiremos isso. Novos ¨Roitmans¨, novos ¨Fangios¨, só aparecerão desta forma.

Acha que é necessário voltar a correr no Uruguai e por que motivo ainda não se voltou a competir naquele país?
Acho muito importante a corrida de Piriápolis. Acho que traz muito entusiasmos, internacionalização da nossa categoria. Acho que é um pecado nosso promotor não viabilizar esta prova.

A nível mundial como colocaria a F.3.S em relação as F.3 do resto do mundo?
Em grau de importância técnica acredito que em primeiro lugar é a F3 Inglesa, a Européia e em seguida a F3 Sudam. A título de desenvolvimento financeiro e de Mkt a F3 Sudam está também depois da F3 japonesa.

Qual o momento mais difícil como piloto e como dono de equipe?
Como piloto foi a decisão de parar que logicamente como amante do automobilismo não queria fazê-lo. E como chefe de equipe foi depois da debandada de toda a equipe em 1998 quando tivemos que refaze-la por inteiro para 1999, e ainda assim fomos premiados com o título do Hoover Orsi.

Qual o momento mais triste e o a sua maior alegria?
O mais triste foi quando fui tentar correr na Europa de Fórmula Ford em 1985 e os recursos não chegaram e eu não pude fazer a temporada, o que me causou profunda tristeza. Para a silhueta foi ótimo porque consegui o menor peso na fase adulta.A maior alegria foi o nascimento dos meus filhos Pedro e Emanoela.

Considera positivo a categoria haver adotado o motor Ford Duratec desenvolvido por Oreste Berta?
Considero positivo, porém acho que falta uma melhora no estoque de peças. Apesar deles serem super atenciosos e muito bons tecnicamente. Também trouxeram uma economia bastante significativa para a categoria.

Porque acha que não aconteceu o crescimento esperado da F.3.S, com a adoção deste motor que é mais potente e mais barato?
É muito difícil poder falar alguma coisa produtiva em relação à isso. O que passa é que a nossa economia tira os pilotos das corridas por falta de incentivo. Embora eu esteja notando uma movimentação muito boa por parte da CBA, que está muito simpática em relação à categoria. Acho isso muito positivo.

Quais as principais virtudes da F.3.S?
Ensinar os garotos a guiarem e desenvolverem um carro de corrida com grande parte dos quesitos que eles irão encontrar ne F1.

Se pode ter amigos entre seus pares no automobilismo?
Não.

Qual título ganho por sua equipe que mais recorda?
O de 1999 foi fantástico.

E o mais difícil dos campeonatos que venceu?
O mais difícil foi o de 1999 por todas as dificuldades que tivemos.

Oque é mais difícil, ser dono de equipe ou dirigente?
Com certeza é ser dono de equipe.

Um conselho para quem quer ser piloto?
Muita luta!!!

Como se deve programar a carreira de piloto?
De maneira muito profissional e baseada em muito trabalho, não só dentro como também fora das pistas.

Qual o melhor caminho para chegar a F1 ou aos Estados Unidos desde a América do Sul?
Como disse anteriormente tem-se que fazer uma carreira vitoriosa no kart, na fórmula, aqui na F3 Sudam e depois seguir adiante para fazer o trabalho lá na Europa ou nos EUA. É claro que é um trabalho complexo e cada vez mais difícil de obter sucesso, porém se o piloto tiver a orientação de um profissional ajuda muito.

Com que idade se deve começar no kart?
Com qualquer idade. Para mim o mais importante não é a idade e sim a vontade e a determinação do piloto.

Respostas Curtas
Uma mulher: Minha mãe, D. Tina (Fantástica)
Um amigo: Becão ( Já se foi)
Uma recordação: Meu filho falando papai pela primeira vez.
Um filme: Dia de cão, com o Al Pacino.
Um programa de televisão: Domingão do Faustão
Um livro: O Livreiro de Istambul
Música Preferida:A banda ( Chico Buarque)
O momento mais feliz de sua vida: Quando minha esposa contou que estava grávida.
Um carro de rua: Porshe Turbo
Um carro de corrida: Maclaren 2007 MP 4-22
Seu carro particular (marca e modelo): BMW 325 2003
O melhor piloto da história: Ayrton Senna da Silva
Uma equipe de futebol: Santos Futebol Clube
Um dirigente da F.3.S: Carlos Col
Um dirigente do automobilismo Nacional: Paulo Sclaglinone
Um dirigente do automobilismo Mundial: Bernie Eclestone
Um piloto brasileiro da F.3.S: Clemente Faria Jr.
Um piloto argentino da F.3.S: Gabriel Furlan
Um circuito da América do Sul: Buenos Aires
Que prefere circuitos de rua ou Autódromos e porque: De rua, mas os acho mais difícil.


Nota: Fotos da Cesario com Ricardo Zonta (campeão 1995 que chegou a F1), Cesario e Faria Jr. (festejando o título de 2007) e Augusto Cesario (Crédito Sergio Sandersson)



Tradução texto: João Vasconcelos

Mariela e Ricardo Pallero (Imprensa F.3.S)